ANÁLISE SINÓTICA - 13/10/2017

CARTA SINÓTICA 13/10/2017 12 UTC
Na análise sinótica referente as 12UTC, verifica-se um sistema frontal com ramo estacionário entre a Bolívia, Paraguai, Argentina e Rio Grande do Sul, conectado a uma área de baixa pressão relativa de 1012 hPa, prolongando-se com um ramo estacionário ao longo do oceano Atlântico adjacente, embebido ao intenso escoamento baroclínico em 500 hPa. Ressalta-se que esta baixa relativa, é detectada nos campos de 850 hPa, com giro ciclônico. A dinâmica deste ramo estacionário favorece um amplo cavado baroclínico entre o Pacifico, Chile e Argentina detectado nos níveis intermediários de 500 hPa atuando com forte baroclinia, promovendo áreas de advecção de vorticidade ciclônica na sua borda Leste resultando no fortalecimento de cavados de ondas curtíssimas na altura geopotencial deste nível. Outra forçante dinâmica que vem contribuindo no disparo da convecção profunda pré-frontal sobre o território catarinense, é a atuação do Jato de Baixos Níveis (JBN), no nível de 850 hPa, atuando com velocidade próxima de 40 kts, dando manutenção e suporte termodinâmico para nuvens de tempestade (linhas de instabilidades e núcleos convectivos de trovoadas). Na retaguarda desta frente estacionária, nota-se uma crista em superfície estendida sobre Buenos Aires na Argentina, proveniente de pulsos anticiclônicos da ASPS (Alta Subtropical do Pacífico Sul), contribuindo na advecção de ar frio através do vento do quadrante sul em 1000, 925, 700 e 850 hPa. Este padrão anticiclônico aliado a esta crista (comentado anteriormente), favorece a descendência do ar troposférico em altos níveis (250hPa), resultando na compreensão adiabática do ar em 1000 hPa, o que mantém a estabilidade em superfície, com sol e poucas nuvens. O cavado baroclinico (comentado anteriormente), advecta vorticidade ciclônica para os níveis mais inferiores a leste de sua posição, ou seja, ele 'dá' o gatilho para as partículas adquirirem movimento rotacional, isto acaba acarretando na perda de massa e diminuição da pressão, ou seja, originando entre a Argentina e Pacifico os cavados em superfície. Observa-se um forte gradiente de altura geopotencial (1000 e 500 hPa) embebido a uma zona de alto grau baroclinico no Pacifico e Estreito de Drake dando suporte ao sistema frontal em superfície. Outro transiente é observado o Atlântico Sul, acoplado a uma baixa relativa. O padrão de escoamento subtropical associada a dinâmica de uma área de alta pressão de 1020 hPa (isóbara proveniente da ASAS), mantém pulsos anticiclônicos aprofundando um cavado invertido sobre SP. Outros cavados anticiclônicos são detectados sobre o Norte do território brasileiro (fora do domínio desta imagem), mantendo nebulosidade baixa e estratificada. A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) apresenta pressão central de 1036 hPa, embebida a alguns cavados no seu padrão de circulação.
Piter Scheuer - Meteorologista