ANÁLISE SINÓTICA - 16/09/2017

Na análise sinótica referente as 12 UTC, verifica-se a atuação de uma frente fria penetrando sobre a Bolívia, MT, MS conectado a um ramo estacionário sobre o território catarinense, prosseguindo ao longo do Oceano Atlântico adjacente acoplado a um ramo frio. Este sistema transiente atua com intenso gradiente de altura geopotencial em 500 hPa, associado ao escoamento baroclínico o que promove forte levantamento de ômega na região frontal. A dinâmica deste ramo estacionário favorece um cavado baroclínico nos níveis intermediários de 500 hPa atuando com forte baroclinia, promovendo áreas de advecção de vorticidade ciclônica na sua borda Leste resultando no fortalecimento de cavados de ondas curtíssimas. Na retaguarda deste sistema frontal, nota-se uma área de alta pressão migratória continental com isóbara de 1031 hPa, onde o padrão de escoamento anticiclônico favorece uma crista em superfície estendida sobre o Norte da Argentina e Sul da Bolívia, contribuindo na advecção de ar frio através do vento do quadrante sul. Este anticiclone (comentado anteriormente) mantém um padrão de circulação de ventos em diferentes níveis da atmosfera, favorecendo a descendência do ar troposférico em altos níveis (200hPa), resultando na compreensão adiabática do ar em 1000 hPa, o que mantém a estabilidade em superfície, com sol e poucas nuvens. Alguns cavados ciclônicos são observados entre o Chile e Sul da Argentina originados pelo intenso escoamento baroclínico em 500 hPa, promovendo nuvens com topos profundos. Sobre o Pacifico, nota-se um sistema frontal na altura do Sul do Chile com centro de baixa pressão de 996 hPa possuindo forte contraste de altura geopotencial nos níveis de 1000 e 500 hPa. Na vanguarda deste sistema, verifica-se a Alta Subtropical do Pacifico Sul (ASPS) com valor central de 1027 hPa. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) atua com isóbara central de 1032 hPa. O padrão de escoamento subtropical associada a dinâmica de uma área de alta pressão de 1032 hPa, mantém pulsos anticiclônicos aprofundando cavados invertidos sobre o Litoral da Região Sudeste e Nordeste do território Brasileiro e outro cavado anticiclônico entre a Bahia e o Piauí, mantendo nebulosidade baixa e estratificada.

Piter Scheuer - Meteorologista