Na análise sinótica das 12 UTC, verifica-se a atuação de um sistema frontal onde seu ramo frio penetra sobre o território argentino próximo da Província de Buenos Aires, prosseguindo até o oceano Atlântico adjacente, ocluindo em torno de um centro de baixa pressão com valor pontual de 984 hPa, embebido ao escoamento baroclínico em 500 hPa e apresentando forte gradiente de pressão. Na retaguarda deste sistema, nota-se uma crista proveniente de pulsos anticiclônicos da ASPS (Alta Subtropical do Pacifico Sul), com isóbara de 1020 hPa onde o padrão de circulação de ventos em diferentes níveis da atmosfera, é responsável pela descendência do ar troposférico em altos níveis (200hPa), resultando na compreensão adiabática do ar em 1000 hPa, o que mantém a estabilidade em superfície, com sol e poucas nuvens. Nota-se a presença de uma baixa pressão com valor pontual de 1008 hPa sobre norte da Argentina, onde deste sistema desprende-se um cavado ciclônico em direção ao Sul do Uruguai. O fluxo de ar quente e úmido advectado da Floresta Amazônica (Jato de Baixos Níveis), fica direcionado sobre o Paraguai, Norte da Argentina e Uruguai com velocidade próxima de 35 kts, contribuindo no processo de convergência em 850 hPa. Observa-se sobre o Atlântico na altura do Litoral Sul da Bahia, um ramo estacionário conectado a uma frente fria com características subtropicais, propagando-se ao longo do oceano Atlântico adjacente até uma baixa pressão em oclusão com valor de 1008 hPa. Nota-se um centro de alta pressão migratório, com núcleo central de 1036 hPa. A dinâmica deste sistema em conjunto com o escoamento subtropical, favorece o aprofundamento de cavados invertidos ao longo de SP, MS, MT, Litoral do Nordeste, e Litoral da região Sul do Brasil, promovendo nebulosidade baixa e estratificada. Um ramo frio é observado sobre o Atlântico Sul, na altura do Sul do Chile, com núcleo de espessura de ar frio de 5580 mgp. Verifica-se um cavado acoplado a uma frente fria sobre o Pacifico Sul, na altura do Sul do Chile ligada a uma área de baixa pressão relativa, conectada a um outro ramo quente e outro ramo frio, prosseguindo ao longo do Estreito de Drake. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) atua com isóbara central de 1028 hPa, (fora do domínio da figura). A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) tem centro de 1028 hPa, onde dentro de seu domínio foi detectada uma área de baixa pressão relativa, favorecendo movimento ciclônico em baixos níveis (850 hPa).
