Na análise sinótica das 06 UTC, nota-se um ramo estacionário atuando entre o território Argentino e Sul do Uruguai, prosseguindo com seu ramo frio até oceano Atlântico adjacente. Uma área de baixa pressão sobre o Norte da Argentina e um cavado ciclônico estendido até o Sul do Uruguai, e o ramo estacionário (comentando anteriormente) estão embebidos ao escoamento baroclínico em 500 hPa, mantendo intensa instabilidade (nuvens de trovoadas, raios e granizo em pontos isolados). O fluxo de ar quente e úmido advectado da Amazônia, esta direcionado sobre a Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e Mato Grosso do Sul com velocidade próxima de 40 kts, mantendo intensa convergência de umidade aliada a forte ação termodinâmica, favorecendo no forte levantamento de ômega, com destaque para Uruguai, disparando núcleos de trovoadas severos. A dinâmica deste sistema associado a divergência em 200 hPa, mantém alguns cavados de ondas curtas sobre o Uruguai e parte da Argentina, sendo uma das principais forçantes dinâmicas. Outros cavados anticiclônicos provenientes do escoamento subtropical, são observados sobre SP, Litoral do Nordeste do Brasil, mantendo nebulosidade baixa e estratificada. Um centro de alta pressão, é observado sobre o Atlântico Sul, com valor pontual de 1028 hPa, onde a estrutura deste sistema possui características de bloqueio, aliada a uma crista em superfície direcionada para o território Brasileiro. Nota-se ao longo de SC e PR, uma pequena crista associada a uma isóbara anticiclônica, onde o padrão de circulação de ventos em diferentes níveis da atmosfera, é responsável pela descendência do ar troposférico em altos níveis (200hPa), resultando na compreensão adiabática do ar em 1000 hPa, o que mantém a estabilidade em superfície, com sol e poucas nuvens.
Principais forçantes Dinâmicas para a manutenção da instabilidade observada sobre o Paraguai e Argentina!
►Intensa convergência de umidade na camada limite!
►Cavados de ondas curtas embebidas ao intenso fluxo baroclínico em 500 hPa.
►Intensa Divergência em Altitude.
►JBN atuando com velocidade próxima de 40 kts.
Imagem: GPT/CPTEC/INPE
Piter Scheuer - Meteorologista
