ANÁLISE SINÓTICA 12/11/2017



ANÁLISE SINÓTICA 12/11/2017 12UTC
Na analise da carta sinótica referente as 12 UTC, verifica-se o predomínio da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) sobre parte do PA, MT, TO, GO, BA e MG, conectado a um cavado em superfície que se estende sobre o oceano Atlântico adjacente, se acoplando a um sistema frontal ocluso, apresentando forte gradiente de espessura entre 1000 e 500 hPa. Tecnicamente este sistema é chamado de cavado baroclínico ou frente fria catabática, onde a leste deste sistema ocorre intensa advecção de vorticidade ciclônica em 500 hPa, promovendo uma grande área de ômega negativo e consequente formação de nebulosidade convectiva no setor leste. Uma baixa pressão oclusa esta embebida ao sistema frontal comentado anteriormente e possui isóbara central de 992 hPa. Um cavado ciclônico é observado sobre o Sul do RS e esta próximo a um núcleo de espessura de ar frio de 5552 mgp. Outro transiente é detectado a leste da Patagônia sobre o território Argentino, prosseguindo com seu ramo frio até uma área de baixa pressão de 998 hPa (não ocluso). Na vanguarda deste sistema, um cavado contribui para a manutenção da instabilidade local. Nota-se um sistema frontal sobre o oceano Pacifico, com centro de baixa pressão de 1004 hPa, possuindo alto grau baroclínico nos níveis intermediários de 500 hPa. Um anticiclone com valor de 1016 hPa, atua na vanguarda do sistema frontal comentado anteriormente. Pulsos anticiclônicos subtropicais, favorecem a formação de um cavado invertido sobre a área oceânica do Nordeste do Brasil. Uma crista atmosférica foi detectada nos níveis de 500 e 200 hPa, através do campo de altura geopotencial e vento, onde foi verificado advecção horizontal de vorticidade, indicando a produção de tendência de vorticidade positiva, ou seja, advecção de vorticidade anticiclônica a leste do eixo da crista. O padrão de circulação descrito acima inibe a formação e o desenvolvimento das nuvens sobre o setor Sul, Sudeste e países vizinhos onde, bem como a instabilidade devido ao efeito da subsidência, que força o ar a descer e aquecer devido à compreensão adiabática, criando uma "barreira" dinâmica nas áreas supracitadas, mantendo tempo bom com céu claro a pouquíssimas nuvens.

Piter Scheuer - Meteorologista