CARTA SINÓTICA 23/08/2017 06UTC

CARTA SINÓTICA 23/08/2017 06UTC

Piter Scheuer - Meteorologista



------------------------------------------------------------------------------------

ANÁLISE SINÓTICA 19/08/2017 12UTC
Na análise da carta sinótica deste sábado, verifica-se a atuação de um sistema frontal com seu ramo frio penetrando sobre o território argentino, Sul do Uruguai prosseguindo até o oceano Atlântico adjacente, acoplado a um centro de baixa pressão em oclusão com valor pontual de 984 hPa, apresentando forte gradiente de pressão. A dinâmica desta frente fria favorece um cavado em 500 hPa, mantendo algumas áreas de advecção de vorticidade ciclônica a leste do sistema, contribuindo no disparo de núcleos de instabilidade severos. Nota-se entre o Norte da Argentina, divisa com o Paraguai e Bolívia, uma área de baixa pressão com isóbara central de 1004 hPa, mantendo um cavado pré-frontal sobre o Sudoeste do RS e Norte do Uruguai. Intenso escoamento baroclínico em 500 hPa, associado a cavados de ondas curtas, mantém núcleos de tempestades ao Sul de SP e regiões que fazem divisa com o estado de Santa Catarina e Paraná. O fluxo de ar quente e úmido advectado da Floresta Amazônica (jato de baixos níveis - 850 hPa), esta direcionado para as regiões da Argentina, Paraguai e região Sul do Brasil com velocidade aproximada de 45 kts, mantendo intensa convergência de umidade sobre essas regiões gerando o aprofundamento de áreas de instabilidade, o que resulta em tempestades. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), encontra-se com valor pontual de 1024 hPa, onde o padrão de circulação anticiclônico deste sistema, favorece o aprofundamento de alguns cavados invertidos entre SP, MG e MS e outro próximo do Litoral de SC. A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS), atua com valor central de 1028 hPa. Na retaguarda da ASPS, um sistema frontal atua com ciclone de 960 hPa, com alto grau de baroclínica (fora do domínio desta imagem).
Piter Scheuer - Meteorologista

------------------------------------------------------------------------------------

ANÁLISE SINÓTICA 11/08/2017 - 12 UTC
Na análise da carta sinótica desta sexta-feira, nota-se um sistema frontal sobre o oceano Atlântico, com seu ramo frio na altura do ES, ocluindo até um centro de baixa pressão com isóbara central de 1000 hPa, apresentando forte gradiente de pressão em superfície e intenso contraste baroclínico em 500 hPa. Na retaguarda deste sistema, um intenso centro de alta pressão, atua sobre o oceano Atlântico adjacente com valor pontual de 1044 hPa, apresentando características subtropicais. A combinação do padrão de circulação de ventos e o intenso gradiente de pressão entre o anticiclone e a baixa pressão (comentando anteriormente), favorecem uma pista de vento em superfície direcionada para a região Sul e Sudeste do Brasil, contribuindo para a agitação marítima e alamentos em pontos baixos de áreas Litorâneas. A dinâmica desta alta pressão gera uma intensa crista, direcionada sobre a região Sul e Sudeste do Brasil, e contribui para o escoamento de ar frio e úmido nos níveis de 850 hPa, ocasionando nebulosidade baixa intercalando com chuva fraca (circulação marítima). Uma área de baixa pressão com valor central de 1004 hPa, é observada sobre a região Norte da Argentina onde dentro do escoamento baroclínico deste sistema, áreas de advecção de vorticidade ciclônica (500 hPa) geram aprofundamento de cavados em superfície sobre a Argentina e RS. Estes sistemas recebem intensa energia potencial provenientes do fluxo de ar quente e úmido advectado da Floresta Amazônica (jato de baixos níveis em 850 hPa), provocando intensa convergência de massa, e um ambiente favorável a tempestades. Dois cavados anticiclônicos (cavado invertido) são detectados sobre o Norte de SP e outro localizado em MG e ES, gerando nebulosidade baixa e irregular. A Alta Subtropical do Pacífico Sul, (ASPS), atua com valor central de 1028 hPa, embebida por alguns cavados em superfície.

Piter Scheuer - Meteorologista