ANÁLISE SINÓTICA - 29/01/2017

Imagem Caracterizada Sinoticamente por: Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia. 
Hora Local: 12:00UTC 

                    DESCRIÇÃO DA IMAGEM SINÓTICA

Na análise sinótica deste domingo (12UTC), observa-se sobre o Oceano Pacifico, na altura do Litoral do Chile, uma frente fria acoplada a uma área de baixa pressão com isóbara central de 976hPa. O escoamento em níveis mais profundos da troposfera (Jato Polar Norte e Jato Polar Sul, no nível de 200hPa), fornece suporte dinâmico ao ramo frio comentado anteriormente. O Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), atua com pressão central de 1022hPa, onde o padrão de circulação deste sistema provoca um cavado invertido sobre o Atlântico adjacente na altura do Litoral de SC, favorecendo áreas de advecção de vorticidade ciclônica. Além disso, a ASAS, é responsável pelo transporte de ar úmido proveniente do Atlântico para o continente (circulação marítima), contribuindo para o fortalecimento de núcleos convectivos explosivos sobre o Litoral de SC (região do cavado), ocasionando pancadas de chuva acompanhadas de trovoadas e até mesmo granizo em pontos isolados. Outro cavado invertido de onda curta, é observado entre o Paraguai, Noroeste da Argentina se estendendo ao longo da Região central do RS, cujo qual, encontra-se embebido pelo escoamento da ASAS. Alinhado ao cavado comentado anteriormente (sobre o Paraguai), um Vortiçe Ciclônico de Altos níveis (VCAN), foi detectado na alta e média troposfera (200hPa e 500hPa), onde atua com grande área de vorticidade no setor leste deste sistema, organizando nebulosidade convectiva na Região Sul do Brasil. Observa-se sobre o território boliviano, uma área de alta pressão com valor central de 1022hPa, mantendo escoamento anticiclonico sobre parte do Chile, propiciando uma crista (área alongada de alta pressão), sendo responsável pela descendência do ar troposférico em altos níveis (200hPa), resultando na compreensão adiabática do ar, o que mantém a estabilidade. O mesmo anticiclone comentado anteriormente mantém um cavado sobre a Região do Oeste da Argentina, gerando nebulosidade baixa e estratificada, ocasionando chuva fraca e mal distribuída.  A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS), encontra-se bem ampla e configurada (fora do domínio desta imagem), e com isóbara central de 1020hPa, onde o escoamento deste sistema, possibilita a formação de um cavado invertido, embebido pelo forte gradiente baroclinico em 500hPa.

Formando em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia