Imagem
Caracterizada Sinoticamente por: Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia.
Hora
Local: 06:00UTC
DESCRIÇÃO DA IMAGEM SINÓTICA
Na análise sinótica
desta terça-feira (06UTC),
observa-se um sistema frontal que penetra sobre o território Argentino na
Região da Província de Rio Negro, onde o ramo frio se
estende ao longo do oceano Atlântico adjacente acoplado a um centro de baixa
pressão em oclusão, com valor pontual de 980hPa, apresentando forte gradiente
baroclinico em níveis intermediários da troposfera (500hPa). Na retaguarda
deste sistema, uma crista (área alongada de alta pressão), é detectada em
função do forte escoamento anticiclonico gerado pela Alta Subtropical do Pacífico
Sul (ASPS), possuindo valor central de 1024hPa. O padrão de circulação deste
sistema mantém alguns cavados ao longo do Pácifico, contribuindo para a
advecção de vorticidade ciclônica. Uma área de baixa pressão com valor central
de 1006hPa, atua com seu núcleo próximo a Região de São Luiz na Argentina. Essa
área de baixa pressão, é responsável pela convergência em baixos níveis,
ocasionando divergência de massa nos níveis mais profundos da troposfera (200hPa),
dando suporte e energia potencial a aglomerados de nuvens convectivas, resultando em pancadas de chuva acompanhada de trovoadas (pelo período da tarde) . O Anticiclone
Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), atua com pressão central de 1024hPa, onde o escoamento deste sistema provoca um cavado sobre o Atlântico na altura do Sul do RS,
favorecendo pequenas áreas de advecção de vorticidade. O forte escoamento de leste/sudeste com
velocidade acima de 20 kt, associado aos ventos alísios por influência da ASAS alcança
o Oeste da Região Amazônica e que devido à presença dos Andes (barreira
orográfica), adquirem a direção noroeste/norte favorecendo a advecção de ar
quente e úmido para a Bolívia, Paraguai, Sul e Sudeste do Brasil,
caracterizando o Jato de Baixos Níveis (JBN) detectado no nível de 850hPa,
contribuindo em uma atmosfera mais úmida e potencialmente mais aquecida. Em SC e parte da Região Sul do Brasil, a termodinâmica aliado
ao padrão de ventos do quadrante norte/noroeste, favorecem na formação de
células convectivas explosivas (pancadas de chuva acompanhada de trovoadas, fortes rajadas de vento, durante o período da tarde).
Formando em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia