ANÁLISE SINÓTICA - 24/01/2017

Imagem Caracterizada Sinoticamente por: Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia. 
Hora Local: 06:00UTC 

                    DESCRIÇÃO DA IMAGEM SINÓTICA

Na análise sinótica desta terça-feira (06UTC), observa-se um sistema frontal que penetra sobre o território Argentino na Região da Província de Rio Negro, onde o ramo frio se estende ao longo do oceano Atlântico adjacente acoplado a um centro de baixa pressão em oclusão, com valor pontual de 980hPa, apresentando forte gradiente baroclinico em níveis intermediários da troposfera (500hPa). Na retaguarda deste sistema, uma crista (área alongada de alta pressão), é detectada em função do forte escoamento anticiclonico gerado pela Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS), possuindo valor central de 1024hPa. O padrão de circulação deste sistema mantém alguns cavados ao longo do Pácifico, contribuindo para a advecção de vorticidade ciclônica. Uma área de baixa pressão com valor central de 1006hPa, atua com seu núcleo próximo a Região de São Luiz na Argentina. Essa área de baixa pressão, é responsável pela convergência em baixos níveis, ocasionando divergência de massa nos níveis mais profundos da troposfera (200hPa), dando suporte e energia potencial a aglomerados de nuvens convectivas, resultando em pancadas de chuva acompanhada  de trovoadas (pelo período da tarde) . O Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), atua com pressão central de 1024hPa, onde o escoamento deste sistema provoca um cavado sobre o Atlântico na altura do Sul do RS, favorecendo pequenas áreas de advecção de vorticidade. O forte escoamento de leste/sudeste com velocidade acima de 20 kt, associado aos ventos alísios por influência da ASAS alcança o Oeste da Região Amazônica e que devido à presença dos Andes (barreira orográfica), adquirem a direção noroeste/norte favorecendo a advecção de ar quente e úmido para a Bolívia, Paraguai, Sul e Sudeste do Brasil, caracterizando o Jato de Baixos Níveis (JBN) detectado no nível de 850hPa, contribuindo em uma atmosfera mais úmida e potencialmente mais aquecida. Em SC e parte da Região Sul do Brasil, a termodinâmica aliado ao padrão de ventos do quadrante norte/noroeste, favorecem na formação de células convectivas explosivas (pancadas de chuva acompanhada de trovoadas, fortes rajadas de vento, durante o período da tarde).

Formando em Meteorologia (UFSC): Piter Scheuer_Técnico em Meteorologia